sábado, 23 de junho de 2012

Qual é a diferença entre tribulação, provação e tentação?

Jesus disse: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo"
(João 16.33). O apóstolo Paulo advertiu: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos"
(2 Timóteo 3.12). Mas a perseguição do mundo contra a Igreja nesta era não é a ira de Deus. A tribulação futura será um tempo de castigo de Deus sobre o mundo que rejeitou a Cristo – um tempo do qual a Igreja será livrada como o nosso Senhor prometeu
(Apocalipse 3.10 10) Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.;
1 Tessalonicenses 1.10; 5.9) E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.

Qual é a diferença entre tribulação, provação e tentação?

Existe uma certa sinonímia entre estes termos, mesmo nos textos bíblicos. E, por conta disso, uma definição sobre os três ocorreria numa linha muito tênue, por meio da qual tentaremos empregar a distinção dos três:

Tribulação. Pode ser resumida pela ocorrência de qualquer situação adversa que cause dano, dor, angústia, tristeza, além de outros sentimentos negativos.

Provação. É outra situação aflitiva que impele sua vítima a superar alguma dificuldade pela qual esteja passando. No contexto bíblico, a provação tem um objetivo espiritual importante no exercício da fé e no conseqüente amadurecimento do crente.

Tentação. Parece ser uma atribuição exclusiva do diabo (1Co 7.5; Tg 1.13).
O objetivo dessa investida é fazer que o cristão desista de sua caminhada na fé. Ou, quando não, macular o nome do cristão e o seu testemunho, macular a Igreja e até mesmo o nome de Cristo.
Se analisarmos a situação vivenciada pelo justo Jó, veremos que os três termos estão adaptados, já que Satanás pediu para “tentá-lo”, no que Deus permitiu, vindo sobre o inocente Jó grande “tribulação”. Mas, ao final de tudo, por sua resistência à sua “provação”, Jó foi galardoado.



Tiago no capítulo I e versículo 12 ensina que há uma bem-aventurança para aquele que vence as tentações, com a fé em Cristo.

1. Entendendo as tentações:

a) Qual é a origem das tentações?
- Satanás e a cobiça do coração (Tiago 1:14)
14 Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; 15 então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
;
b) Quem é tentado?
- Todos (Marcos 1:12-13)
E logo o Espírito o impeliu para o deserto.
E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam.

c) Quando somos tentados?
- Sempre, especialmente depois de grandes bênçãos (Mateus 4:1)
Mateus - cap. 4. Mateus 4:1 A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo;

d) Somos tentados também nas nossas fraquezas:
- Jesus foi tentado quando teve fome (Lucas 4:2-3)
durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. E naqueles dias não comeu coisa alguma; e terminados eles, teve fome. 3 Disse-lhe então o Diabo: Se tu és Filho de Deus, manda a esta pedra que se torne em pão.

e) Em que área somos tentados?
- Todas (Lucas 4:3, 6, 9)
3 Disse-lhe então o Diabo: Se tu és Filho de Deus, manda a esta pedra que se torne em pão.
V6 E disse-lhe: Dar-te-ei toda a autoridade e glória destes reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem eu quiser;
 V9 Então o levou a Jerusalém e o colocou sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo;;

f) Qual a freqüência das tentações?
- São contínuas (Lucas 4:13)
13 Assim, tendo o Diabo acabado toda sorte de tentação, retirou-se dele até ocasião oportuna.;

Leitura Bíblica em Tiago 1-11:23
11. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
12. Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
13. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
14. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
16. Não erreis, meus amados irmãos.
17. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
18. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
19. Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
20. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.
21. Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas.
22. E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
23. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;
INTRODUÇÃO
Ao contrário dos dramas produzidos pelos antigos gregos e romanos, o antagonista, no relato histórico e real de Jó, nem merece tal epíteto; é o personagem que menos significância possui. Tanto é que o patriarca, em todos os seus discursos, não se refere ao Diabo uma única vez. Sem este, todavia, a história de Jó ficaria incompleta. Afinal, o adversário existe, e a sua missão é matar, roubar e destruir
(Jo 10.10). E não devemos menosprezar-lhe os ardis; combatamo-lo com a autoridade que temos na Palavra de Deus. 
Conquanto não ignorasse a existência de Satanás, sabia Jó perfeitamente, que o maligno nada intentará contra os fiéis sem a expressa permissão do Todo-Poderoso. Por conseguinte, não temos de ficar ansiosos nem amedrontados: nossas vidas acham-se escondidas em Cristo
(Cl 3.3) 3 porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.. Ainda que o mesmo inferno se levante contra nós, mal algum nos haverá de acometer sem que Deus o permita. Aleluia!

O DIABO INTROMETE-SE NAS REGIÕES CELESTES
Jó é um dos livros da Bíblia que mais nos mostra como age o Diabo nas regiões celestes. Embora expulso de lá (Ez 28.16) 16 Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas.
 apresenta-se ele, de quando em quando, diante do Senhor, a fim de acusar os santos. É o que inferimos de
Apocalipse 12.1010 Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite.  
e das porções de Jó que vimos estudando. A Palavra de Deus declara, mas não esclarece, o mistério da permissão divina quanto ao acesso de Satanás às regiões celestiais. Certamente isso reflete o contido em Deuteronômio 29.29.

Satanás calunia Jó diante de Deus. Em duas ocasiões distintas, imiscui-se o Diabo no céu para desafiar a Deus quanto à fidelidade, à retidão e à postura de Jó (1.6; 2.1). Certamente o inimigo já vinha caluniando-o há bastante tempo por haver concluído fosse-lhe a integridade uma mera transação comercial. Ora, se o patriarca recebia tanto de Deus, por que não lhe ser fiel? Então, recebe o adversário permissão do Senhor para destruir tudo quanto Jó possuía. E, assim, passa a arruinar o varão de Ur; num único dia, arruína-o completamente.

Como não conseguisse induzir Jó à apostasia, conclui o adversário que, cancerando-o do alto da cabeça à sola dos pés, iria o patriarca, indubitavelmente, blasfemar do santo nome de Deus (Jó 2.4,5). Uma vez mais demonstra o Diabo pouco entender da atuação da natureza divina na vida de um homem que, sem reservas, entregara-se ao Senhor. Mesmo reduzido ao desprezo humano, Jó adora a Deus (Jó 2.10).

2. Jó envergonha o adversário. Acredito que, desde o dilúvio, não havia o tentador ainda se deparado com alguém tão íntegro e reto quanto Jó. Seria possível um outro Abel? Um novo Enoque? Ou um sósia de Noé? Como o demônio estava enganado! Estava ali um homem com o amor e o desprendimento de Abel, com a resolução de Enoque e com a inteireza de Noé. Era o patriarca um dos varões mais piedosos de todos os tempos (Ez 14.20). Além disso, contava ele com o testemunho do próprio Deus (Jó 2.3).
II. JÓ TIRA SATANÁS DE CENA

De uma feita, alguns literatos reunidos na universidade inglesa de Oxford, puseram-se a debater acerca do Livro de Jó. Entre outras coisas, disseram que somente um gênio semelhante ao de William Shakespeare poderia ter produzido uma obra semelhante àquela. Todavia, duas coisas intrigavam-nos. Ao contrário das peças de Shakespeare, tem o Livro de Jó um final surpreendentemente feliz. Além disso, como explicar o fato de o antagonista da história desaparecer logo no terceiro capítulo?
Outro dramaturgo trabalharia o antagonista até o epílogo. No entanto, o autor sagrado mostra que, mesmo com o Diabo fora de cena, a história não perde o ritmo nem o clímax. Ao contrário: ganha intensidade e beleza.

Após o capítulo dois, só temos uma inferência ao Diabo: “Então, um espírito passou por diante de mim; fez-me arrepiar os cabelos da minha carne; parou ele, mas não conheci a sua feição” (Jó 4.15,16). Esta observação, todavia, não é de Jó; pertence a Elifaz que, vindo para consolar o patriarca, fora influenciado pelo maligno para atribulá-lo.

Nenhuma referência faz Jó ao adversário. No auge da dor, atribui todo o seu sofrimento ao Todo-Poderoso:

“Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim, e o seu ardente veneno, o bebe o meu espírito; os terrores de Deus se armam contra mim. E que Deus quisesse quebrantar-me, e soltasse a sua mão, e acabasse comigo! Isto ainda seria a minha consolação e me refrigeraria no meu tormento, não me poupando ele; porque não repulsei as palavras do Santo” (Jó 6.4, 9,10).
Não estaria Jó culpando injustamente a Deus? Não obstante, estava ele ciente de que o Todo-Poderoso se achava no comando de quanto existe no Universo. E se o adversário investe-se contra os santos e, momentaneamente, prevalece, é porque o Senhor lho permite. Então, por que ocupar-se com o inimigo se Deus a tudo controla, inclusive o Diabo.


A ATITUDE DE JÓ NÃO ERA DUALISTA

Muitos são os crentes que, inconscientemente, professam o dualismo. Segundo esta doutrina, há no Universo duas forças opostas que se encontram em permanente conflito: o bem e o mal. Esta luta só haverá de chegar ao fim, quando o primeiro triunfar sobre todos os resquícios do segundo. Se nos afinarmos por esta teologia, estaremos acreditando que o Diabo é tão poderoso quanto Deus. E se o Senhor ainda não o destruiu é porque não teve condições de fazê-lo.

1. Deus é único. Em primeiro lugar, só há um Todo-Poderoso em todo o Universo: Deus. Sendo Ele Único e Verdadeiro, criou quanto existe, inclusive o ungido querubim que, por desviar-se da verdade, transformou-se no Diabo: o arquiinimigo do Senhor (Ez cap. 28). Quisesse Deus, poderia havê-lo destruído no exato momento em que ele desafiou-o nos céus. O Senhor, porém, sendo a própria justiça, possui um tempo determinado para tratar com cada uma de suas criaturas morais. Que o Diabo será lançado no lago de fogo, não há dúvida; todavia, haverá de sê-lo no momento apropriado até que todo o processo da justiça divina seja devidamente concluído (Mt 25.41; Ap 12.12; 20.10).

2. A luta contra o Diabo. O dualismo é carente de fundamentos porque, na verdade, quem tem de lutar contra o Diabo não é Deus, e, sim, os crentes (Tg 4.7). Nesta luta, entretanto, não estamos só. O Senhor Jesus enviou o Consolador, a fim de confortar-nos em todo o transe (1 Jo 4.4). E as armas espirituais que Ele nos colocou à disposição? (Ef 6.10-19)

3. A falácia do dualismo. Temos de nos haver com muito cuidado para não cairmos nas sutis ciladas do dualismo. Existe apenas um só Deus subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Houvesse mais de um Deus: o Bem e o Mal, como muitos o crêem, ambos deixariam de ser Deus, porque ambos mutuamente se excluiriam. Foi por isso que Jó ignorou o Diabo; este, apesar de ser chamado de o deus deste século, nunca foi Deus nem jamais o será: não passa de uma criatura orgulhosa e soberba que, presumindo-se deus, levantou-se contra o Único e Verdadeiro Deus. Mas, em breve, será ele lançado no lago de fogo. Quanto a nós, estaremos para sempre com o Senhor! Aleluia!
O Diabo é chamado “deus deste mundo” em 2 Co 4.4; não do Universo; e “mundo”, nesta referência (aion), trata-se de uma era moral e dos seus padrões de procedimentos pecaminoso e ímpio.
Muitos são os crentes que, embora acreditem no Deus Único e Verdadeiro, na prática são dualistas. Acham eles que Deus se acha envolvido numa guerra cósmica e ininterrupta contra o adversário, e que, quando tiver condições, acabará por destruí-lo. Ora, quem tem de lutar contra o adversário não é Deus; somos nós, e o fazemos em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 2.14). Ler Efésios 6.10-12, destacando o verso 10.
E o que dizer daqueles que temem os trabalhos de macumba? Supõem possuir o Diabo suficiente poder para arruinar a herança de Cristo. Nenhuma dessas coisas tem valor algum contra o povo de Deus: “Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel” (Nm 23.23). Assim como Balaão não conseguiu amaldiçoar a Israel, nenhum poder das trevas prevalecerá contra os que se encontram em Cristo. 

CONCLUSÃO:
Com base no testemunho de Jesus e de jó, fica claro que todos os sofrimentos do Cristão nesta vida é para Deus ser glorificado, e nunca darmos resultados satisfatórios a Satanas.

3 comentários:

  1. TRIBULAÇÕES

    Você costuma maldizer as tribulações que a vida lhe oferece?
    Muitas vezes costumamos reclamar das adversidades pelas quais passamos, sem refletir nas lições de que são portadoras.
    Aqueles que dizem crer em Deus jamais deveriam maldizer as situações que se apresentam no caminho, antes, deveriam aceitá-las como uma oportunidade de aprendizagem.
    Uma semente, por exemplo, passa pela solidão, no interior da terra, para que a flor e o fruto possam surgir, enriquecendo a vida.
    A fonte passa sobre o lodo e as pedras para que os campos não sejam reduzidos à esterilidade.
    A lâmpada suporta a carga de força que gradativamente a consome, para dissolver as trevas.
    Assim acontece também em todos os campos de edificação e do sentimento.
    Se a criança não se desenvolvesse, transformando-se em adulto, a ingenuidade jamais daria lugar à experiência.
    Se a cultura não crescesse, não haveria progresso.
    Se a teoria não avançasse para a realização, nunca passaria de um montão de palavras.
    Dessa forma, entendamos transposição, atrito, provas e desafios como condições de melhoria e aperfeiçoamento, ajuste e elevação.
    À vista disso, aceitemos em paz as tribulações que a existência nos imponha.
    Se as lutas e tropeços, conflitos e lágrimas não nos visitassem os corações, nosso Espírito se deteria preso na ilusão e na insensatez, nas sombras da ignorância e do primitivismo.
    Agradeçamos os obstáculos que nos chegam em forma de alteração ou mudança, quebrando-nos a inércia e renovando-nos a vida.
    Recordemos a águia recém-nascida.
    Não fosse o rompimento do invólucro que a constringe, não desenvolveria as próprias asas para ganhar as alturas.
    E sem os empurrões da águia mãe talvez o filhote não encontrasse coragem suficiente para se lançar penhasco abaixo e descobrir as maravilhas de poder voar, livre, pela imensidão dos ares.
    Não fossem os tombos, na tentativa dos primeiros passos, não aprenderíamos a nos sustentar sobre as próprias pernas.
    Sem as enfermidades que apodrecem a nossa tola vaidade, não desenvolveríamos a salutar humildade.
    Se não existisse o sofrimento, que arrebenta a concha do nosso egoísmo, não encontraríamos o caminho que conduz à felicidade efetiva.
    Observando a vida sob esse ponto de vista, não mais reclamaremos das tribulações, mas saberemos retirar de cada uma delas, as lições necessárias ao nosso crescimento.

    O sol brilhará novamente amanhã, na seara onde você trabalha.
    Procure receber todas as dificuldades com fervorosa confiança em Deus, que o identifica pelas qualidades de serviço, abnegação e renúncia.
    Mantenha, assim, o ideal do bem hoje e sempre, acima de todas as vicissitudes, porquanto, se o corpo transitório marcha para o túmulo, o Espírito, nas lutas que o vitalizam, lentamente se renova no rumo da vida imortal.
    Pense nisso!
    -----------------------------------------------------------------------
    Redação do Momento Espírita com base no cap. 14, do livro Rumo certo, pelo
    Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb
    e no cap. 57, do livro Legado kardequiano, pelo Espírito
    Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
    FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 31-07-2016 -ADDE

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  2. TRIBULAÇÕES

    Você costuma maldizer as tribulações que a vida lhe oferece?
    Muitas vezes costumamos reclamar das adversidades pelas quais passamos, sem refletir nas lições de que são portadoras.
    Aqueles que dizem crer em Deus jamais deveriam maldizer as situações que se apresentam no caminho, antes, deveriam aceitá-las como uma oportunidade de aprendizagem.
    Uma semente, por exemplo, passa pela solidão, no interior da terra, para que a flor e o fruto possam surgir, enriquecendo a vida.
    A fonte passa sobre o lodo e as pedras para que os campos não sejam reduzidos à esterilidade.
    A lâmpada suporta a carga de força que gradativamente a consome, para dissolver as trevas.
    Assim acontece também em todos os campos de edificação e do sentimento.
    Se a criança não se desenvolvesse, transformando-se em adulto, a ingenuidade jamais daria lugar à experiência.
    Se a cultura não crescesse, não haveria progresso.
    Se a teoria não avançasse para a realização, nunca passaria de um montão de palavras.
    Dessa forma, entendamos transposição, atrito, provas e desafios como condições de melhoria e aperfeiçoamento, ajuste e elevação.
    À vista disso, aceitemos em paz as tribulações que a existência nos imponha.
    Se as lutas e tropeços, conflitos e lágrimas não nos visitassem os corações, nosso Espírito se deteria preso na ilusão e na insensatez, nas sombras da ignorância e do primitivismo.
    Agradeçamos os obstáculos que nos chegam em forma de alteração ou mudança, quebrando-nos a inércia e renovando-nos a vida.
    Recordemos a águia recém-nascida.
    Não fosse o rompimento do invólucro que a constringe, não desenvolveria as próprias asas para ganhar as alturas.
    E sem os empurrões da águia mãe talvez o filhote não encontrasse coragem suficiente para se lançar penhasco abaixo e descobrir as maravilhas de poder voar, livre, pela imensidão dos ares.
    Não fossem os tombos, na tentativa dos primeiros passos, não aprenderíamos a nos sustentar sobre as próprias pernas.
    Sem as enfermidades que apodrecem a nossa tola vaidade, não desenvolveríamos a salutar humildade.
    Se não existisse o sofrimento, que arrebenta a concha do nosso egoísmo, não encontraríamos o caminho que conduz à felicidade efetiva.
    Observando a vida sob esse ponto de vista, não mais reclamaremos das tribulações, mas saberemos retirar de cada uma delas, as lições necessárias ao nosso crescimento.

    O sol brilhará novamente amanhã, na seara onde você trabalha.
    Procure receber todas as dificuldades com fervorosa confiança em Deus, que o identifica pelas qualidades de serviço, abnegação e renúncia.
    Mantenha, assim, o ideal do bem hoje e sempre, acima de todas as vicissitudes, porquanto, se o corpo transitório marcha para o túmulo, o Espírito, nas lutas que o vitalizam, lentamente se renova no rumo da vida imortal.
    Pense nisso!
    -----------------------------------------------------------------------
    Redação do Momento Espírita com base no cap. 14, do livro Rumo certo, pelo
    Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb
    e no cap. 57, do livro Legado kardequiano, pelo Espírito
    Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
    FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 31-07-2016 -ADDE

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  3. Qual seria a bíblia mas verdadeira nós seus textos hoje.

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